Meu nome é José Eduardo Areas Caetano, sou casado e participo da Comunidade Matriz na Paróquia Nossa Senhora da Consolação. Desde que iniciei os estudos teológicos na Escola Diaconal Santo Estevão, em 2016, uma certeza estava dentro de mim:  todo cristão é chamado a “dar as razões de sua esperança” (Cf. 1Pd 3,15). Isto é teologia: a ciência da fé. Cremos para entender e entendemos para crer, como dizia Santo Anselmo. Não existe conflito ou incompatibilidade entre fé e razão. Santo Agostinho costumava dizer que se Deus nos fez pensantes, pensar é um jeito de louvar o Criador.

O que me surpreendeu ao longo desses anos foi a troca de experiências eclesiais e missionárias de outros irmãos que compartilham o mesmo ambiente acadêmico, o crescer de uma fé inteligente e de uma espiritualidade que contempla a visão do ser humano de forma integral, perceber o quanto a teologia exercita o raciocínio lógico e equilibra mente e coração, inteligência racional e inteligência emocional.

Nos estudos das disciplinas, na partilha do conhecimento dos nossos professores e nos trabalhos em grupos, vamos percebendo o que nos atrai como teólogo. Hoje estou inclinado a dar continuidade aos estudos e à reflexão da antropologia teológica católica tendo em vista uma visão integrada do ser humano, principalmente focado nos ambientes eclesiais, seja os movimentos e as novas comunidades, seja nas comunidades eclesiais de base e na vida consagrada, aquilo que falta em suas formações e espiritualidade, em sua vida comunitária, para uma dimensão humano integrada. Além disso, dentro da eclesiologia, com o surgimento de um protagonismo laical e sua forma agregativa na linguagem de São João Paulo II, em Christifideles Laici, tenho construído a reflexão teológica no sadio atrito entre a dimensão hierárquica e carismática no tocante aos critérios de eclesialidade, tudo com a finalidade de uma contribuição positiva para uma Igreja, como nos fala a Lumen Gentium no Vaticano II, uma Igreja-Comunhão.

Por fim, o ponto mais forte do aprendizado teológico, muito mais do que as reflexões, foi aprender a dar à minha fé uma dimensão social, ou seja, dar sentido ao Mistério da Encarnação que é estar próximo dos mais “pobres” segundo a categoria evangélica.

Agradeço a Deus por esta missão, das experiências e, principalmente pelas amizades que construí e construo a cada dia na Escola Santo Estevão e que me proporciona muito mais do que o “saber”, a graça de saborear internamente todas as coisas.

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